segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Perdi te...Perdeste me


Por vezes ainda não acredito...não acredito que te perdi, que me perdeste, que te deixaste perder. Perdeste te, não como quem se perde numa rua escura. Perdeste te como quem se perde na vida de algo que vale a pena.Perdeste te do amor, aquele amor que pensei que nos encaminhava, que me guiava cada vez mais na tua direcção e te guiava a ti na minha. Perdidos: Tu porque assim o quiseste... eu porque me perdi nesse teu olhar, no teu cheiro e toque, e não pude mais voltar atrás. Perdi te... Já não te encontro mais nesta vida, nesta era.

Quando voltei a encontrar-me era noite, já não estavas...a cama vazia, o cheiro no ar...o ar vazio de tudo. Quando me encontrei, era aguém que ficou pra trás com a dor, com o vazio...amarga.

É essa a palavra:amargura. Num segundo adoçaste a minha vida e noutro amargaste a pra sempre.

A verdade é que amo a tua lembrança com uma força desmedida, capaz de mover montanhas...

e és nada mais que isso:uma lembrança.

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

A maior lição... **Em tua memória João**


Existem alturas na vida das pessoas que se revelam decisivas e "sábias". Infelizmente, muitas vezes são necessários acontecimentos catastróficos e tristes para que nos possamos dar conta do valor das coisas importantes da vida. Vivemos todos os dias com a ideia que somos uns miseráveis, que estamos cheios de problemas e que somos umas vitimas neste mundo cruel, mas a verdade é que se pensarmos bem no que acontece à nossa volta(e refiro me às coisas importantes), percebemos que existem factos mais importantes do que a nossa suposta "vidinha triste".

No outro dia, numa das viagens feitas em grupo, com o mesmo grupo de sempre e de tantos anos, tudo corria bem, estávamos felizes e regressávamos a casa com uma alegria característica de todas as nossas jornadas:música, piadas, brincadeiras, parvoíces...tudo como sempre foi, e de repente tudo mudou num só segundo. Vi morrer ali, à nossa frente alguém que amava, que conheci durante toda a vida, que tanto significava. A sua vida extinguiu-se num segundo, sem que nada pudesse ser feito. Sozinhos no meio do nada, a 600 km de casa...escurecia e fazia-se noite. No silênçio gelado das nossas vidas naquele momento, os únicos sons eram os dos gritos, das lágrimas sofridas, do desepero. Não podia, não podíamos acreditar. Tudo estava desfocado e era naquela hora excessivamente irreal. A esperança deixou de existir. Nunca na vida eu havia perdido a esperança de uma forma tão brusca e crua. Sozinhos, destroçados e sem ele... Perdemos naquela hora um bem tão precioso e caro e regressamos a casa,pela primeira vez, com um elemento a menos.

Por vezes o ser humano necessita chegar ao fundo do poço, sofrer uma dor dilacerante para se dar conta que estar vivo é o suficiente. O suficiente e indubitavelmente efémero. A vida transforma-se em morte numa questão de segundos e muitas vezes partimos sem dizer coisas que deveriam saber.

Aprendi a chorar só plo que realmente é justificável, coisas banais já não me retiram o sono. Quero saber viver um dia de cada vez, bem devagar...O futuro pode nunca existir.

Quero aprender a saber dizer "amo te", "amo vos" mais vezes e sem medo.

As pessoas importantes nunca morrem:vão para outro lugar para esperar por nós. Esperam sorrindo, sem pressa, e tomam conta de nós para que o nosso caminho seja percorrido da forma correcta.


***Em memória tua João, com carinho e amor ***

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

And when you're feeling empty, keep me in your memory...