segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Direi que não

No outro dia alguém me perguntava se ainda gostava de ti.

Respondi que não, que já o vento levara o sentimento para bem longe, que há muito havia "celebrado" o funeral da nossa história e enterrado aquela que julguei ser a minha verdade durante longos meses.

Ignorar sentimentos...não penso que isso seja possível. Podemos somente desviarmo-nos um pouco do caminho, atenuar a dor com uma mentira suave, negar. Negar perante os outros e até perante nós. Mas será que acreditamos?


Muitas vezes dou por mim a pensar naquelas pequenas coisas que te caracterizam:um sorriso permanente, um brilho nos olhos, um timbre doce e vulnerável. Era assim que te via:frágil e vulnerável à vida e quis ser forte por nós. Mas será que isso significa que ainda gosto?


Hoje se me perguntarem se ainda gosto de ti, vou responder o mesmo. Direi a verdade, pois esta tem que ser a verdade...

Não sei em quantas mais postagens vou falar de ti e de nós, pois às vezes já não consigo ver claramente o teu rosto, só a mancha difusa da desilusão.


Preferia escrever bonitas histórias, embelezá-las com pormenores bonitos.

A nossa história foi bonita sim, mas aquilo em que se tornou faz com que seja hoje mágoa e pesadelo.


Não me perguntem se gosto dele, não vou responder mais.


...E se responder, direi que não !

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